Agência Rio de Notícias

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

25 milhões de crianças passarão fome pela mudança climática em 2050

25 milhões de crianças passarão fome pela mudança climática em 2050

30/09 - 05:06 , atualizada às 10:42 30/09 - EFE


Bangcoc - O efeito adverso da mudança climática na produção de alimentos fará com que 25 milhões de crianças passem fome em 2050 caso não se tomem medidas para evitá-lo, advertiu hoje os Instituto Internacional de Política Alimentaria (IFPRI, sigla em inglês) em uma conferência em Bangcoc.

"Este drama pode ser evitado com um investimento de US$9 bilhões anuais para aumentar a produtividade agrícola e ajudar produtores a enfrentar os efeitos do aquecimento global", afirmou em comunicado o investigador Gerald Nelson, um dos autores do relatório do IFPRI.

"Melhores estradas, sistemas de irrigação, acesso a água potável e escolarização para crianças são essenciais", acrescentou Nelson, no marco da conferência sobre mudança climática realizado em Bangcoc para preparar a cúpula de Copenhague em dezembro.

O estudo mantém que os habitantes nos países em desenvolvimento terão acesso a 2.410 calorias diárias em 2050, 286 calorias menos que em 2000; na África será de 392 menos; e nos países industrializados de 250 menos.

Os líderes do G20 acordaram na semana passada em Pittsburg (EUA) doar US$2 bilhões para combater a fome, enquanto a ONU anunciou uma cúpula sobre o problema em novembro.

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, pressionou o fim de semana passado ao Banco Mundial e a outras instituições multilaterais para que aumentem suas contribuições ao terceiro mundo, em um momento em que "ainda mais pessoas não têm acesso a alimentos porque os preços são incrivelmente altos por causa da crise econômica ou a falta de chuvas".

Nelson opinou que as crises alimentícia do ano passado, quando as informações de escassez de alimentos básicos suscitaram protestos em numeroso países pobres e emergentes, foi uma chamada de atenção.

"A população da Terra será 50% maior que a atual em 2050 (...) os desafios serão enormes até sem mudança climática", acrescentou o investigador.

Nenhum comentário: