Agência Rio de Notícias

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Matéria publicada pela revista VEJA em 20 de agosto de 2008 - Edição 2074quinta-feira 21 de agosto de 2008


Matéria publicada pela revista VEJA em 20 de agosto de 2008 - Edição 2074
Leiam esta matéria deplorável, é impressionante o que esta revista anda disseminando... Onde eles querem chegar????

Segue abaixo a matéria:

Você sabe o que estão ensinando a ele?
Por Mônica Weinberg e Camila Pereira.

Uma pesquisa mostra que para os brasileiros tudo vai bem nas escolas. Mas a realidade é bem menos rósea: O sistema é medíocre.
Vamos falar sem rodeios. Em boa parte dos lares brasileiros, uma conversa em família flui com muito mais vigor e participação quando se decide a assinatura de novos canais a cabo, o destino das próximas férias ou a hora de trocar de carro do que quando se discute sobre o que exatamente o “Júnior” está aprendendo na escola. Quando e se esse assunto é levantado, ele se resumirá as notas obtidas e a algum evento extraordinário de mau comportamento, como ter sido pego fumando no corredor ou ter beliscado o traseiro da professora de geografia. O quadro acima é um tanto anedótico, mas tem muito de verdadeiro. De modo geral, com as nobilíssimas exceções que todos conhecemos, os pais brasileiros de todas as classes não se envolvem como deveriam na vida escolar dos filhos. Os mais pobres dão graças aos céus pelo fato de a escola fornecer merenda, segurança e livros didáticos gratuitos.
Que boa parte é essa dos brasileiros que conversam sobre: “a assinatura de novos canais a cabo, o destino das próximas férias ou a hora de trocar de carro” provavelmente elas quiseram dizer uma parcela ínfima dos brasileiros não? Porque a maioria dos brasileiros não tem idéia nem do que vai comer no dia seguinte...

Os pais de classe média se animam com as quadras esportivas, a limpeza e a manifesta tolerância dos filhos quanto às exigências acadêmicas muitas vezes calibradas justamente para não forçar o ritmo dos menos capazes. Uma pesquisa encomendada por VEJA à CNT/SENSUS traduz essa situação em números. Para 89% dos pais com filhos em escolas particulares, o dinheiro é bem gasto e tem bom retorno. No outro campo 90% dos professores se consideram bem preparados para a tarefa de ensinar. Como mostra a carta ao leitor desta edição, sob sua plácida superfície essa satisfação esconde o abismo da dura realidade - O ensino no Brasil é péssimo, está formando alunos despreparados para o mundo atual, competitivo, mutante e globalizado. Em comparações internacionais, os melhores alunos brasileiros ficam nas últimas colocações - abaixo da qüinquagésima posição em competições com apenas 57 países.

Colocação infeliz “para não forçar o ritmo dos menos capazes.” Ninguém é menos capaz que ninguém ,a não ser no caso de alguma deficiência mental, e mesmo assim podemos citar vários exemplos de superação.

A reportagem que se vai ler pretende chamar atenção para as raízes dessa cegueira e contribuir para que pais, professores, educadores e autoridades acordem para a dura realidade cuja reversão vai exigir mais do que todos estão fazendo atualmente - mesmo o s que, como é o caso em especial dos pais, acreditam estar cumprindo exemplarmente sua função.Em procura da poesia, o grande Carlos Drummond de Andrade provê uma metáfora eficiente do que o desafio de melhorar a qualidade da educação exigirá da atual geração de brasileiros: “ O que pensas e sentes, isso ainda não é poesia”. Uniformizar, alimentar, dar livros didáticos aos jovens e perguntar como foi o dia na escola é fundamental, mas isso ainda não é educação para o século XXI. “ Chega mais perto e contempla as palavras. Cada uma tem mil faces secretas sob a face neutra e te pergunta, sem interesse pela resposta, pobre ou terrível, que lhe deres: Trouxestes a chave?”

Continua o nosso maior poeta, morto em 1987. Outra metáfora exata. Os jovens estudantes são como as palavras, com mil faces secretas sob a face neutra e esperando as chaves que lhes abram os portais de uma vida pessoal e profissional plena.Isso só se conseguirá, como mostra a pesquisa encomendada por VEJA, quando o otimismo com o desempenho do sistema, que é também compartilhado pelos alunos, for transformado em radical inconformismo. A fagulha de mudança pode ser acesa com a constatação de que as escolas que pais, alunos e professores...(...)

PRONTOS PARA O SÉCULO XXI

Muitos professores e seus compêndios enxergam o mundo de hoje como ele era no tempo dos tílburis.Com a justificativa de “incentivar a cidadania”, incutem ideologias anacrônicas e preconceitos esquerdistas nos alunos.
Tema para reflexão: Vale a pena usar chocadeiras artificiais para acelerar a produção de frango?
Deu-se com isso o inicio de uma aula de geografia no colégio Ateneu Salesiano Dom Bosco, de Goiânia, escola particular que aparece entre as melhores do país em rankings oficiais. Da platéia, formada por alunos as vésperas do vestibular, alguém diz: “Com chocadeiras o homem altera o ritmo da vida pelo lucro”. O professor Marcio Santos vibra. “Você disse tudo! O homem se perdeu na necessidade de fazer negócio, ter lucro, exportar”. E põe-se a cantar freneticamente “homem primata, capitalismo selvagem/ ^^oô/”(dos Titãs) no que é acompanhado por um energético coro de estudantes.

Adoro a música, sempre a cito, tem tudo a ver com a nossa realidade, pessoas matando para "pegar" a vaga de emprego de concorrentes, desfalques, incentivo ao consumo exacerbado e irresponsável pela mídia, degradação do meio ambiente para se obter maiores lucros, corrupção e por aí vai... em que mundo elas devem viver????

Cena muito parecida teve lugar em uma classe do colégio Anchieta, de Porto Alegre, outro que figura entre os melhores do país. Lá, a aula de história era animada por um jogral. No comando professor Paulo Fiovaranti. Ele pergunta: “Quem provoca o desemprego dos trabalhadores gurizada?”. Respondem os alunos: “A máquina”. Indaga mais uma vez, o professor: “Quem são os donos das máquinas?” e os estudantes: “Os empresários!”. É a deixa para Fiovaranti encerrar com a lição de casa: “Então, quem tem pai empresário aqui deve questionar se ele está fazendo isso”. Fim da aula.

Os dois episódios, ambos presenciados por VEJA, não são raridade nas escolas brasileiras. Ao contrário. Eles exemplificam uma tendência prevalente entre os professores brasileiros de esquerdizar a cabeça das crianças.Parece bobagem, uma curiosidade até pitoresca num mundo em que a empregabilidade e o sucesso na vida profissional dependem cada vez mais do desempenho técnico, do rigor intelectual, da atualização do pensamento e do conhecimento. Não é bobagem. A doutrinação esquerdista é predominante em todo sistema escolar privado e particular. É algo que os professores levam mais a sério do que o ensino das matérias em classe, conforme revela a pesquisa CNT/SENSUS encomendada por VEJA, pobres alunos.

Ninguém pode “esquerdizar ninguém” será que elas acreditam na teoria da tabula rasa? (John Locke) Gente!!! As pessoas possuem experiências pessoais, personalidade, crenças e valores particulares que não serão mudados por professores, aliás, a maioria dos meus amigos não é de esquerda e estudaram com os mesmos professores possuidores de discursos “politicamente engajados”, e, nem todos os professores que nos ensinaram os males do capitalismo são marxistas, ou esquerdistas...

Eles estão sendo preparados para viver no fim do século XIX, quando o marxismo surgiu como uma ideologia modernizante, capaz não apenas de explicar, mas de mudar o mundo para melhor, acelerando a marcha da história rumo a uma sociedade sem classes.Bem, estamos no século XXI, o comunismo destruiu a si próprio em miséria, assassinatos e injustiças durante suas experiências reais no século passado.É embaraçoso que o marxismo-leninismo sobreviva apenas e Cuba, na Coréia do Norte e nas salas de aula das escolas brasileiras.

As chocadeiras produzem frangos vendidos a menos de 5 reais nos supermercados brasileiros, e isso propicia a dose mínima de proteína a famílias que, de outra forma, estariam mal nutridas. A realidade não interessa nas aulas como a do professor Márcio Santos. O que interessa? Passar a idéia de que as máquinas tiram empregos. Elas tiram? Tiraram no começo dos processos de robotização e automação de fábricas nos anos 90. Hoje sem robôs e máquinas os empregos nem se quer seriam criados. Mas dizer isso pode desagradar o espírito do velho barbudo enterrado no novo cemitério de Highgate, em Londres. Os professores esquerdistas veneram muito aquele senhor que viveu à custa de um amigo industrial, fez um filho na empregada da casa e, atacado pela furunculose sofreu como um mártir boa parte da existência.

Gostam muito dele, fariam tudo por ele menos é claro, lê-lo - pois Karl Marx é um autor rigoroso, complexo, profundo que, mesmo tendo apenas uma de suas idéias levada à sério hoje - A teoria da alienação -, exige muito esforço para ser compreendido. “A salada ideológica resulta da leitura de resumos dos grandes pensadores”, diz o filósofo Roberto Romano. Gente que vê maldade em chocadeiras e mal em empresários que usam máquinas em suas fábricas no século XXI não pode ter lido Karl Marx. É de supor que não tenham lido muito, quase nada. Mas são esses senhores que ensinam nossos filhos nas melhores escolas brasileiras, sem, diga-se, que os pais se incomodem com isso.

Esses professores não estão vendo “mal” nas chocadeiras e sim em um sistema econômico que visa a acumulação desenfreada, sem a valorização e preservação da pessoa humana e da natureza.

A pesquisa CNT/SENSUS ouviu 3.000 pessoas de 24 estados brasileiros entre pais, alunos e professores de escolas públicas e particulares. Sua Conclusão nesse particular é espantosa. Os pais (61%) sabem que os professores fazem discursos politicamente engajados em sala de aula e acham isso normal. Os professores, em maior proporção, reconhecem que doutrinam mesmo as crianças e acham que isso é sua missão principal (...) Para 78% dos professores, o discurso engajado faz sentido, uma vez que atribuem a escola, antes de tudo, a função de “formar cidadãos” - à frente de ensinar a matéria ou “preparar as crianças para o futuro”(...)

(...) Muitos professores brasileiros se encantam com personagens que em classe mereceriam um tratamento mais crítico, como o guerrilheiro argentino Che Guevara, que na pesquisa aparece com 86% das citações positivas, 14% neutras e zero, nenhum ponto negativo. Ou idolatram personagens arcanos sem contribuição efetiva à civilização ocidental, como o educador Paulo Freire, autor de um método de doutrinação esquerdista disfarçado de alfabetização. Entre os professores brasileiros ouvidos na pesquisa, Freire goleia o físico teórico alemão Albert Einstein, talvez o maior gênio da história da humanidade. Paulo Freire 29 X 6 Albert Einstein. Só isso já seria evidencia suficiente de que se está diante de uma distorção gigantesca das prioridades educacionais dos senhores docentes, de uma deformação no espaço-tempo tão poderosa que talvez ajude a explicar o fato de eles viverem no passado.(...)

Não publicarei aqui a infeliz matéria na íntegra, pois seria antiético, caso desejem ler a mesma por completo, visitem o site da revista que só permite acesso as edições mais recentes para assinantes, ou então compre VEJA.

Fica claro nesta matéria que as senhoras ou senhoritas responsáveis por esta, não fazem idéia da dimensão,da visibilidade, do reconhecimento de Paulo Freire mundialmente, e também que as mesmas defendem o que este grande pedagogo chamou de educação bancária, será que elas sabem sobre a pedagogia do oprimido?

Também é evidente a total falta de compreensão no que concerne a Marx e aos Marxistas, ora, se o mesmo disse “Eu sou Marx e não Marxista” como podem escrever”Marxismo-leninismo” sabemos que o que tivemos a oportunidade ver aplicado a realidade não se parece de forma algum com o que Marx defendia... em manuscritos econômicos filosóficos, no manifesto comunista, o capital, salário, preço e lucro, a origem do capital etc., além do mais sua vida pessoal não tem muita importância neste contexto, na verdade nunca teve, pois hoje existem políticos, tão bem casados, com vidas pessoais limpíssimas, porém completamente desonestos e inescrupulosos, que relevância tem em se dizer em uma crítica a um grande pensador que ele teve um filho com a empregada da casa? Ou que vivia as custas de um amigo, ele também usufruiu bastante do dinheiro de sua esposa, se for esse o caso, e daí?

Pelo amor de Deus!!! Salvem os leitores crédulos dessa revista!
Links interessantes para as responsáveis pela matéria da VEJA e para todos que admiram este grande educador! Paulo Freire

www.aera.net/Printable.aspx?id=2804
social.chass.ncsu.edu/.../documents/freire.htm

www.infed.org/thinkers/et-freir.htm

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