Agência Rio de Notícias

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Golfinho branco existente há mais de 20 milhões de anos é extinto na China



XANGAI, China (AFP) - A rápida industrialização da China provocou a extinção do golfinho branco de água doce, da espécie baiji, que estava no planeta há 20 milhões de anos, anunciaram biólogos chineses e britânicos nesta quarta-feira.
Cientistas da China, Japão, Grã-Bretanha e Estados Unidos não conseguiram encontrar nenhum golfinho baiji durante uma busca de seis semanas no habitat natural da espécie, o rio Yangtze, ano passado.
"Este resultado significa que o baiji parece estar extinto", afirmou Wang Ding, que coordenou a busca e é considerado um dos grandes especialistas no mundo nesta espécie.
O golfinho foi vítima de uma poluição devastadora, da pesca ilegal e do tráfego pesado no Yangtze, segundo Wang.
A descoberta significa que o baiji é o primeiro mamífero a ser considerado extinto em mais de 50 anos. Ele é primo do golfinho 'bottlenose', espécie que também está na lista de risco de extinção.
No entanto, Wang, membro da Academia Chinesa de Ciências, enfatizou que ainda não se perdeu as esperanças em relação ao destino do golfinho branco.
"Não estamos dizendo que desapareceu por completo", afirmou, mesmo assim lamentando a falta de sinais desse mamífero durante a missão de pesquisa.
Wang disse que sua equipe publicará uma carta no próximo número do jornal da Sociedade Real Britânica de Biologia confirmando a crença de que o baiji se extinguiu.
A última vez que o golfinho branco de água doce foi visto no Yangtze foi há dois anos. Da mesma forma, a última contagem oficial realizada por uma equipe de pesquisa remonta a 1997, quando foram contabilizados 13 golfinhos.
Segundo o site www.baiji.org, cerca de 5.000 mamíferos desta espécie viviam no Yangtze há 100 anos.
"A diminuição da população de baijis foi causada pela extrema pressão humana em seu habitat", destaca o site, que atribui o perigo de extinção da espécie à pesca ilegal e ao lixo industrial jogado no rio chinês.

Fonte :
http://br.noticias.yahoo.com/s/afp/070808/saude/china_ecologia

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